Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro. Justamente nesta dia passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante o menino aceitou. Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto: "Seu filho é de sorte!" "Por quê?", perguntou o pai. "Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é uma sorte?" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai.
O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho diz: "Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", repetiu o pai.
O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles. Observa o vizinho: "Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", responde novamente o pai. Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho: "Seu filho é de azar! o cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", insiste o pai.
Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho. Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada. O vizinho: "Seu filho é de sorte..."
Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar. Depende do que vem depois. O que parece azar num momento, pode ser sorte no futuro.
Do livro: O Sucesso não Ocorre por Acaso - Dr. Lair Ribeiro - Ed. Objetiva
Sei que a diferença entre estas duas palavras não está apenas em uma vogal, mas sim -e simplesmente-, em expressar uma FILOSOFIA de VIDA, quando devidamente assimilada por um ser humano.
O trilho me leva aonde eu e o maquinista queremos ir. A trilha me permite mudar de opção no meio do caminho. Só isso bastaria para fazer que minha maneira de viver se estendesse, sempre, por uma trilha.
Mas as coisas não são bem assim.
Sou o fruto do meio em que aceito viver.
Sou um pouco a somatória dos conceitos fornecidos ou impostos por minha família, meus amigos, a empresa onde trabalho, a religião que eventualmente professo, o clube social que frequento e coisas assim. Se eu preferir, para deixar mais claro, posso dizer que é o trilho que admito seguir.
Porém, se tenho consciência de que posso ser o que me satisfaz em minha família, junto dos meus amigos, na empresa onde trabalho, que não sou adepto de religião, mas tenho uma Filosofia de Vida; que substitui meu Clube Social pelo campo, pelo mar e a natureza, posso afirmar, com todas as letras, que sigo uma trilha.
Qual a diferença?
Na trilha sou o que procuro ser; nos trilhos, simplesmente aceito ser conduzido. Posso, sem perceber, tornar-me um fanático e assim aceitar somente a minha verdade ou ainda a que me foi imposta. Assim, não consigo perceber o que acontece ao meu redor e olho exclusivamente para a frente.
É óbvio que nos trilhos é mais fácil viver, porque eu, antecipadamente, já tenho uma desculpa para minhas falhas, omissões e desequilíbrios... Foi um outro personagem que quis assim!
Na trilha, é diferente porque eu escolho o que pretendo ser, usando de meu Livre-Arbítrio. Aqui eu sou o comandante de minhas decisões e, portanto, eu acerto ou eu erro. Quando permito que outros interfiram em minha vida, eu estou errando, porque SIMPLESMENTE posso dizer não ao que um terceiro me impõe. Eu decido ou eu me torno refém da verdade do outro.
No final de um estágio de uma trilha, eu posso escolher qual o próximo caminho a ser seguido. No trilho, eu tenho como opção um entroncamento e nada mais do que isso.
Isso posto, torna-se bastante claro que eu sou o ÚNICO responsável pelas minhas colheitas e que, se a vida não está boa, sou eu que tenho de mudar.
Não resolve trocar de cidade e levar os meus defeitos comigo. Posso -sim- ser feliz onde vivo, basta dizer não às mesmices que me incomodam.
Não devemos ser reféns das verdades que nos são impostas e que não mais aceitamos. Mudar faz parte de nosso processo de evolução. Não se consegue caminhar fazendo planos e mantendo uma postura estagnada.
Meu caminho obedece meus princípios de vida e a forma como decido ser: trilha ou trilho?!
É nossa comodidade ou determinação que pode decidir por onde vou caminhar e como conduzirei a minha encarnação. Porém, se for de nossa escolha, antecipadamente, afirmo que será uma trilha... Só ela me permite parar quando quero e, assim, apreciar e aprender com tudo o que está à minha volta...
Cuide-se e que a LUZ acompanhe seu caminhar.
Sei que nos veremos
Beijo na alma
fonte:
STUM::Saul Brandalise Jr.::STUM